Jogo ingrato e derrota injusta pela margem mínima na viagem até ao Campo da Ordem para jogar com os Veteranos do S.L. Marinha. Mas onde é preciso dizer: foi um jogo quase perfeito da nossa parte. Ou talvez seja melhor dizer: um jogo perfeitinho, no pior sentido do termo, tendo em conta as oportunidades perdidas face ao guardião adversário, à posse de bola evidenciada, à competência demonstrada dentro de campo. Porque os jogos não devem ser perfeitinhos. Devem ser ganhos. O que aqui não aconteceu pela simples razão de que nos faltou o golo.
Em contraste, trouxemos duas obras-primas para casa. O frango da ordem do Carlos Correia e o falhanço à boca da baliza aberta do Romeu Violante. Ambas as situações na segunda parte: não pode ser coincidência. De forma que, e segundo a velha máxima, caso o Carlos não tivesse aparecido à partida pelo menos tínhamos saído da Marinha Grande com um um empate a zero – já que o dianteiro Rui Alexandre também se esqueceu de levar um par de pés em lugar dos maços de betão presos na extremidade dos membros inferiores com que andou a maltratar a bola.
Nota ainda para um par de frases do dia: “olha, tão pequeno e já faz a depilação” (endereçada ao Francisco, o herdeiro do nosso João Alegrias, no balneário) e “porra, estava a ver que não te aleijavas” (dirigida ao Carlos Correia na sequência da lesão adquirida no ombro após o lance do golo sofrido) – refira-se que o autor desta frase solidária foi o mesmo que antes da entrada em campo pediu aos atletas para serem “amigos uns dos outros”. A coerência tem sido um valor adquirido da nossa Presidência.
Para terminar, retemos um facto positivo: a importância do capitão José Borrego ter entrado apenas na segunda parte o que veio permitir a existência de água quente a todos os jogadores no final.