Tarde de muito calor. Sintético quente a queimar as solas dos pés. Jogo de retribuição, após um empate a duas bolas em nossa casa. Sabíamos que iríamos encontrar uma equipa bem organizada, composta por jogadores de porte atlético acima da média, de bom toque de bola e muito corretos.
O jogo começou connosco a trocar a bola e a atacar. No primeiro ataque do 22 de junho/Amor ainda não havia dois minutos de jogo, numa jogada de contra-ataque junto à nossa lateral esquerda, a bola é cruzada para o jogador que aparecia sobre a nossa direita, batendo à frente de um dos nossos defesas que não consegue cortar, deixando a bola à mercê do avançado que apenas com o Nuno Sousa pela frente atirou de forma calma, como quis! A primeira parte resume-se a um festival de golos desperdiçados e a zero defesas do Nuno Sousa! O trabalho que o nosso guarda-redes teve na primeira parte foi: ir buscar uma bola ao fundo da baliza, bater sete ou oito pontapés de baliza e socar duas bolas em lances de canto!
Começámos a segunda parte a empatar pelo David Mariano, após uma insistência do Rui “Isqueiro” Alexandre que, roubando a bola ao defesa já dentro da área, dá para o David Mariano marcar à vontade, num lance aparentemente controlado pelo adversário. Vale sempre a pena pressionar. Mais uns golos falhados escandalosamente e duas boas defesas do Nuno Sousa. Sofremos o 2-1 num livre direto, com a bola a passar por baixo da barreira (que saltou), o Nuno Sousa sobre a outra metade da baliza, a atirar-se ao poste mais longe, junto ao chão e a deixar passar a bola por entre as mãos!
Logo a seguir surge o empate pelo Rui “Isqueiro” Alexandre, de cabeça ao segundo poste, após centro do João “Batalha” Coelho sobre a direita. Aos 65 minutos o Nuno Sousa deu o lugar ao Mário Apolinário, regressado após operação ao menisco, retorno que é de saudar e de assinalar, pois ainda só havia feito 40 minutos esta época, logo no segundo jogo da época. Entretanto, devido ao cansaço acumulado e ao calor, o jogo ficou partido, o 22 de junho/Amor passou a praticar um futebol mais direto e o Mário Apolinário quase teve mais trabalho em 15 minutos do que o Nuno Sousa no resto do jogo. Não se pense, no entanto, que foi o 22 de junho/Amor que esteve mais perto de vencer, pois foi neste período que ocorreram as nossas perdidas mais escandalosas! Estamos a perder muitos golos feitos e isso tem-nos custado alguns empates e vitórias sofridas…
Jogo muito correto, como já havia sido cá. Este pessoal gosta de jogar à bola, aplica o físico que tem quando tem que o fazer, mas sempre dentro de muita cordialidade e pouca dureza. O árbitro fez o seu trabalho, bem feito, sem qualquer laivo de caseirismo. O jogadores ajudaram o seu trabalho, não complicando.
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