Veteranos do Ginásio Vs. Veteranos do Kopkopos – Peniche: 1 – 2

Veteranos do Ginásio Vs. Veteranos do Kopkopos – Peniche: 1 – 2

11 Abril, 2018

Quem no sábado passado tivesse trocado a sua aprazível tarde sentado no sofá e ao quentinho da lareira, naturalmente assistindo ao “Aqui Portugal” ou espreitando no Facebook a deliciosa sucessão de posts do Bruno de Carvalho, por essa partida realizada entre os Veteranos do Ginásio e os Veteranos do Kopkopos, time oriundo de Peniche, ambientada no sintético de Alfeizerão sob apetitosas vagas de grossos e gélidos aguaceiros, decerto que não teria dado o seu precioso tempo por perdido como havia igualmente contemplado um belo confronto de futebol. É, aliás, apenas por esse par de razões perfeitamente compreensíveis que aceitamos que ninguém tenha comparecido para testemunhar a injustiça da nossa derrota em casa face aos atletas mais ocidentais da Europa. Já menos compreensível será o facto de terem perdido com essa decisão outro fenómeno que mais incontornável se vai tornando e menos possibilidades terá de vir a repetir-se, ou seja, o terceiro encontro consecutivo do guardião Carlos Correia a somar mais uma parte sem sofrer golos (contas feitas, são agora cerca de 120 minutos: vejam como a façanha chegou à ordem dos três dígitos). Para vos explicar melhor, isto está para a história dos azuis como o recente pontapé de bicicleta do Cristiano Ronaldo está para a história do Real Madrid. Não é coisa de somenos.

Portanto, revendo a velha máxima do grupo: se esse pobre exemplar de guarda-redes que é o Mário Barreiro não se tivesse apresentado à peleja (ficando porventura entretido a montar um poliban) a verdade é que tínhamos ganho por um a zero. Claro que chegados aqui podíamos, quem sabe, parafrasear o plantel do Sporting C.P. e defender o nosso jogador com essa suposta evidência do futebol: “somos uma equipa e quando perdemos a responsabilidade é sempre de todos”. Mas não vamos cometer essa barbaridade tão fora de moda, porque é nossa firme convicção que ele devia mesmo era ter defendido o par de remates que deram vantagem aos nossos adversários na primeira parte e por esse facto será alvo de suspensão imediata. Bom, agora que estamos mais leves e acabamos de vomitar todo o fel e amargura que nos assolava interiormente, seguindo a boa e saudável prática de um certo dirigente desportivo acima referido, vamos ao jogo propriamente dito. Sem ponta de ironia (longe de nós recorrer a essa aborrecida figura de estilo), foi uma interessante contenda onde o resultado que melhor se ajustava era sem dúvida o empate. Isto caso o autor desta crónica não tivesse falhado, poucos minutos após o intervalo, mais uma soberana oportunidade (entre muitas) preferindo acertar com a bola no defensor das redes contrárias do que entre os postes.

Apesar de tudo, foi ele quem antes disso marcou o único tento dos ginasistas, respondendo a um excelente passe do Maurício Marques – que “inadmissivelmente” apenas jogou a segunda metade – a rasgar literalmente a meio a defensiva forasteira, mas que não teve sequência na posterior e desafortunada exibição do conjunto marcada por mais perdas frente à baliza do que as verificadas pelo Corpo Expedicionário Português na batalha de La Lys. Contudo, a juntar aos habituais lances perdulários do David Mariano, houve ainda inúmeros outros durante o desafio inteiro, personificados por gente como o Romeu Violante, o João Coelho, o Rui Alexandre ou o Pedro Fróis (que a centímetros da linha de golo revelou magnífica pontaria ao acertar nos calcanhares do colega Aníbal Oliveira), só para nomear os mais flagrantes, e os quais, derivado a tais factos, passaram a estar sob severa alçada disciplinar do clube ao demonstrarem tão clara e dolosa intenção em prejudicar a nossa instituição. O mesmo fim terão o José Dias e o Jorge Carmo que abandonando as quatro linhas por lesão demonstraram manifestamente falta de empenho e dedicação. Sem esquecer o Hélio Aurélio e o Sérgio Ventura que desta feita preferiram passar a tarde a carregar pianos a meio-campo em vez de marcarem o seu golo habitual à imagem dos últimos embates. Assim como o António Carvalho, o Enderson Domingos, o Abel Lopes e o Álvaro António, todos, no fundo, e só porque… sim! Quanto ao Gonçalo Ferreira, esse terá o pior destino, pois ao ter criticado publicamente numa rede social o teor e a veracidade da anterior crónica passa a partir deste instante a ter o epíteto de “menino amuado e mimado”. Meu caro amador rotativo, não vivemos na República das Bananas.

Marcador: David Mariano