A.V.G.C.A. 5 Vs. Veteranos do G.D. Fabril – Barreiro 0

A.V.G.C.A. 5 Vs. Veteranos do G.D. Fabril – Barreiro 0

15 Setembro, 2015

Começou bem a novíssima temporada para os Veteranos do Ginásio, mal habituados que vinham dos resultados do ano passado (exceção talvez feita ao 1º Lugar no Torneio organizado pelos Veteranos da Freguesia de Terra Chã na ilha Terceira nos Açores de onde trouxeram o justíssimo ceptro só com vitórias, imagine-se). Diríamos até que não poderia ter começado melhor: logo com 5 golos sem resposta frente a uma sempre temível formação proveniente desse viveiro de talentos que é a cidade do Barreiro (cheia de fantasmas, basta relembrar o embate do ano passado com os Veteranos do Barreirense que nos presentearam nos dois jogos com uma dúzia de golos) e que desta vez trouxe a terras de Cister os Veteranos do Grupo Fabril (antiga CUF).

Os mais atentos dirão então que, não alheio a estes resultados, estará a feliz adaptação a central do avançado e honorável Presidente, recém-eleito, Rui Alexandre, o qual não se tem cansado de sublinhar os últimos 270 minutos (mais minuto, menos minuto) ao longo dos quais os ginasistas nunca mais sofreram qualquer tento, facto memorável, teremos de concordar – o outro facto memorável, e que o Presidente fez depressa questão de referir após o apito final (e lá terá a sua razão) é que se neste jogo, por qualquer acaso do destino, não tivessem jogado o Jorge Carmo, o Sérgio Ventura ou o David Mariano (por sinal, os marcadores da goleada) a partida teria terminado empatada a zero, logo mantendo os tais 270 minutos (mais minuto, menos minuto) sem golos sofridos.

Ora, o autor desta crónica dirá mais: que fique por lá muitos anos a varrer a defesa e a despedaçar os avançados contrários, mesmo que pelo caminho a bola saia maltratada, se isso nos garantir a baliza invicta, porque a verdade é que do meio-campo para a frente o “time” (e já estamos a abrasileirar os termos usados, onde é que isto vai parar) acabou por dar “show de bola” (ora aqui está mais uma expressão bem brazuca, credo) com os belíssimos desempenhos de Hélio Aurélio e Sérgio Ventura, ambos ali na “meiúca” cheios de vigor e energia numa relação apaixonadíssima e muito homo-erótica com a bola, e naturalmente bem co-adjuvados nas alas pelos velhões António Carvalho e Jorge Carmo (este até marcou o golo inaugural de cabeça, quem diria; ah, mas com assistência de David Mariano, mas sobre este já lá vamos).

Na frente, Pedro Fróis e David Mariano foram uma constante dor de cabeça para os defensores contrários, principalmente na segunda parte, altura em que os “zagueiros” do Barreiro (bem, isto já parece o Brasileirão) haviam há muito deixado as marcações de lado concentrando a sua ira na performance do árbitro que foi deixando jogar, umas vezes com bola, muitas outras sem bola (mas isso agora não interessa nada). Tanto que, ainda antes do intervalo (que registaria dois golos sem resposta), até deu para o Hélio Aurélio furar entre os centrais e caminhar solitário frente ao guardião improvisado (verdade, o primeiro lesionou-se ainda bem cedo), assistindo no momento crucial o colega David Mariano que lhe ficou extremamente agradecido.

Chegámos então à segunda metade do tempo e o Sérgio Ventura pôde finalmente fazer o gostinho ao pé, isto após uma, e estamos a escolher bem a expressão, fenomenal desmarcação de António Carvalho, que colocou o médio na cara da baliza a elevar o marcador. Ora, a partir daqui os Veteranos do Grupo Fabril, que talvez até esta altura nem merecessem tão sofrível castigo (ou pelo menos por estes números), empalideceram e foi o David Mariano a dar a estocada final com mais dois golos, o primeiro através de um remate cruzado (nova assistência de Hélio Aurélio) e o segundo num cabeceamento (temos de confessá-lo: em resposta a um tenebroso centro de Álvaro António), completando assim o primeiro “hat-trick” da época. E assim os “azuis” saíram do Estádio Municipal de papo cheio. Já a malta do Barreiro levou um belíssimo frango na púcara no buxo e fotos na escadaria do Mosteiro de Alcobaça para relembrar. Nada mau.

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